quarta-feira, 30 de setembro de 2009


Perspectivas para o “Eu quero estudar/PTB”: Eu tenho direito a estudar


Marilu Fontoura de Medeiros


Secretária de Educação de Porto Alegre/SMED:Gestão 2005 a 2009/PTB

Integrande do PTB Mulher de Porto Alegre

Quando assumimos a Secretária de Educação de Porto Alegre em 2005, SMED, deparamo-nos com um quadro, não muito diferente do restante do país, maioria representada por crianças, negros, mulheres, índios, jovens em conflito com a lei, adultos analfabetos, deficientes, numa sociedade de extrema desigualdade e exclusão. Uma ação perversa de exclusão social que se centra, preferencialmente, em negros e mulheres, uma vez que esses representam mais que 50% do todo, sendo os primeiros mais presentes em uma linha abaixo do nível de pobreza e com deficiência nutricional e que, desses, 70% são representados por mulheres negras.


Assim, movimentou nossa agenda na SMED, uma arena política centrada nos protagonismos de esportes, dança, música, teatro, hip hop, grafitagem, formação profissional específica, entre diversos outros, em cujas expressões manifestam suas idéias e desejos de aprender. Por sua vez, esses múltiplos ambientes de formação destacam, em nossa perspectiva, um processo democrático de auto-gestão da coletividade, acreditando que cada comunidade tem como selecionar prioridades e gerenciar seus recursos. Foi assim para os projetos desenvolvidos pelas escolas e comunidades, bem como para o exercício de relações intensas de diálogo, assumindo-se os direitos humanos de cada um e de todos, a universalização dos direitos, superando a violência e a falta de perspectiva.


Políticas de alfabetização em EJA para adultos, noturno e diurno; escola de tempo integral; exercício de múltiplas artes e criação nesses tempos diferenciados e nos múltiplos espaços da comunidade, além de cursos formais profissionais são algumas das experiências extras propostas e experienciadas com sucesso por nossa gestão.


A escola, a família e a sociedade, unidas em um projeto coletivo, podem auxiliar na conquista de direito dos jovens em um mundo que construimos, cujas fronteiras se abrem para aprendizagens numa ação livre, flexível, potente e aberta ao futuro.

Nenhum comentário:

Postar um comentário