sexta-feira, 23 de outubro de 2009

REFLEXÕES




Neuza Zoch (XUXA)
Integrante do PTB Mulher de Porto Alegre


Quero aqui manifestar-me sobre algumas reflexões que tenho feito ou só ou com algumas pessoas preocupadas com os rumos que estão levando o cidadão ao isolamento e a não manifestação de algumas coisas que andam acontecendo.


Entre elas estão à violência dos jovens contra si e contra os professores; dos homens contra as mulheres de algumas mães contra seus filhos! Assim como as questões de preconceitos.


Há pouco tempo atrás nossos filhos eram educados, respeitavam aos professores, levantavam-se no ônibus e davam lugar às pessoas mais velhas. Hoje por outro lado vemos todo tipo de desrespeito e agressão e nos perguntamos o que está faltando? Onde erramos? Onde erramos?Será que erramos? E porque erramos.


Nos dias atuais nós pais saímos muito cedo de casa, trabalhamos muito não escolhemos serviço e isto para que possamos dar aos nossos filhos muitas vezes aquilo que não tivemos.


Esmeramos-nos em poder atender a solicitação de nossos filhos mesmo que saibamos que esta solicitação não passa de um capricho, mas que para eles é uma necessidade premente, este desejo passa a ser para nós pais a prioridade de atendimento de nossos filhos.


Será que esta dedicação é um erro? O zelo excessivo é uma desconstituição do que é correto? Nossa dedicação à família não está indo na mão correta?


Hoje procuramos estudar mais, participar mais de movimentos sociais, fazer trabalhos voluntários e estarmos nós educadores, historiadores, religiosos, assistentes sociais, dirigentes e membros de ONGs interligados por redes de ações para poder discutir e prevenir, estabelecer discussões sobre políticas públicas para melhor podermos atuar e melhor agir do que tempos atrás.


Mas, nos parece que ainda não descobrimos as respostas e as fórmulas corretas para que determinados dissabores continuem acontecendo.


Por outro lado vemos a família individualizar-se os homens a agredirem as mulheres seja verbal ou fisicamente e embora muitas vezes com testemunhas os fatos não param de acontecer. Delegacias de Mulheres foram implantadas e estruturadas, núcleos de atenção à mulher surgem diariamente, contudo os fatos ainda ocorrem, muitas mulheres por vergonha ou por não terem trabalho não se afastam de seus agressores e nem contra eles se quer são feitos registros. Poucas são ainda as ações judiciais efetivas comparadas com o número de casos relatados.


Não compreendo se é o esgotamento, a vida atribulada que leva ao estresse e por conseqüência em muitos lares vemos mães agredirem seus filhos abandonando-os não importa a idade e talvez pela depressão que leva a saúde mental de algumas mães a beira da loucura ao descaso com seus filhos.


Não podemos ignorar os conselhos tutelares e seus conselheiros, as coordenadorias da mulher, o ministério público e a Lei Maria da Penha, assim como há outros órgãos competentes como os CAIS MENTAIS e as Unidades de Saúde e os médicos de Família. Eles estão ativos, mas porque ainda as coisas não acontecem como deveriam acontecer?!


Temos nestes órgãos profissionais competentes e dedicados, orientadores embasados na lei e com conhecimento para proteger o cidadão.


“Será que ainda a população não está suficientemente esclarecida sobre seus direitos e como buscar esse recurso?" Onde estão esses órgãos e como cada cidadão pode acessar a esse direito?
Com relação ao preconceito ou aos pré conceitos, muitas vezes ficamos estarrecidos com o que acontece, os anos se passam, a informática, a internet, o rádio e a televisão como meios de comunicação entram em nossas vidas e em nossos lares em tempo real, é a globalização!


Embora aparentemente vivamos bem, em harmonia vimos e sabemos que as coisas não são tão harmônicas assim!


Falamos dos movimentos, das cotas, das ONGs que passaram a existir em defesa dos considerados “excluídos, desassistidos,dos em situação de risco e vulnerabilidade social," assim como os grupos políticos e religiosos que se especializam em políticas públicas e se setorealizam para poder entender, compreender, estudar e fazer leis para estas situações que nomes gestores públicos denominamos de demandas oriundas de diferentes segmentos da população e que ainda não consegui encontrar soluções aos problemas existentes, abafados porém latentes dentro de uma sociedade que se considera livre e democrática.


A pergunta que fica é: o que há por trás de nossos conceitos, valores, princípios e ações?


O que devemos fazer a “mais” para que sejamos eficientes e eficazes e assim atuantes com satisfação?


Embora existam recursos o acesso às vagas e aos direitos humanos, ainda não é suficiente e necessitam de aprimoramento.


Os atores do sistema precisam ser qualificados assim como as empresas, os técnicos de recursos humanos e a família.


Para finalizar ficamos assim a pensar, como atuar? E no próximo artigo aprofundaremos mais estas questões.

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