Ministra Maria Elizabeth é a nova presidente do STM
A ministra Maria Elizabeth Guimarães Teixeira Rocha é a nova
presidente do Superior Tribunal Militar. Ela tomou posse em solenidade nesta
segunda-feira (16), no Plenário do Tribunal. Esta é a primeira vez em 206 anos
de história que a Corte é presidida por uma mulher. O ministro Fernando Sérgio
Galvão assumiu a vice-presidência.
Em seu discurso de posse, a presidente afirmou que a
ampliação da participação das mulheres nos espaços públicos e privados é
condição para o aperfeiçoamento da cidadania. “Sem dúvida, o empoderamento
feminino aperfeiçoa a República. Uma democracia sem mulheres é uma democracia
incompleta”.
Maria Elizabeth também ressaltou o papel dos profissionais
de imprensa. “Sem a liberdade de imprensa não conheceríamos os fatos que se
passam sob os nossos olhos e, muito menos, longe deles. Pouco ou nada
saberíamos sobre o que ocorre no mundo e em todos os campos do pensamento
humano”.
Compuseram a mesa da solenidade o vice-presidente do Supremo
Tribunal Federal, Ricardo Lewandowski, o ministro do Gabinete de Segurança
Institucional da Presidência da República, general José Elito Carvalho
Siqueira, a vice-procuradora-geral da República, Ela Wiecko, o procurador-geral
da Justiça Militar, Marcelo Weitzel Rabello, o defensor público federal, Hatman
Tabosa de Moraes, e o advogado Cézar Britto, representando o Conselho Federal
da OAB.
Maria Elizabeth Rocha completará o mandato do ministro
Raymundo Cerqueira, que deixou a presidência por motivo de aposentadoria. Ela
também foi a primeira mulher a ser nomeada para a Corte Militar, em 2007,
ocupando uma das três cadeiras previstas para a advocacia. A magistrada fica na
presidência até março de 2015.
Projetos
O principal projeto da ministra à frente do STM será a
digitalização dos arquivos do Tribunal. “Historiadores, cientistas políticos,
estudiosos, juristas têm aqui uma fonte de estudo extremamente rica e que está
à disposição de qualquer um. A digitalização vai propiciar a integração de
todos os processos importantes de parte da história do Brasil para consulta
pública. Esta é a primeira maneira de divulgar essa justiça tão antiga e
desconhecida”.
Outro projeto da magistrada à frente do STM é lutar pela
inclusão de um representante da Justiça Militar da União no Conselho Nacional
de Justiça. “Foi um esquecimento imperdoável do constituinte derivado quando na
Emenda 45 não nos incluiu na composição do CNJ, mas nos submete às suas
determinações, o que me parece absolutamente inconstitucional”. Ela também
pretende promover algumas alterações nos códigos Penal e Processual Penal
Militar, com vistas a modernizar a legislação especial.
Fonte: http://www.stm.jus.br/
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